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UMA VISÃO REVISTA

20 domingo set 2015

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Thomas Robert Malthus

O desenvolvimento econômico tem seus limites e condicionamentos, um deles, enunciado por Thomas Robert Malthus, primeiro professor de Economia da história, angustiante: A capacidade de multiplicação das populações é indefinidamente maior do que a capacidade da terra de produzir comida para o homem. A tecnologia pode ajudar nesse quesito, mas ela não está de modo nenhum à venda ali, na primeira esquina, ou em qualquer outro lugar, salvo as mais corriqueiras. As tecnologias realmente valiosas são reservadas para um futuro à vista, perfeitamente previsível, quase deparável. Muito mais do que de ordinário se propaga, as Economias mais avançadas estacionaram pela ausência de meios para se expandirem no ritmo do crescimento das suas populações; não se fala aqui, de início, em falta de alimentos, mas da impossibilidade de manterem o padrão de seus povos e isso gerará consequências, chega, mesmo, a parecer um caminho sem volta.

Os países de grandes Economias não estão acumulando tanto poder para nada.

O problema não é localizado, nem pretérito, os estragos de 2008 ainda batem à porta. Foi um sinalizador. Há riscos de uma idade de trevas provocada por desacertos econômicos globais e seus imprevisíveis desdobramentos? Há, concreta e definitivamente há.

Falando claro e recusando a falaciosa justificativa de que a verdade provocará pânico, a economia ocidental como um todo já está em estado de pré-insolvência, alguns países já estão tecnicamente insolventes. Independentemente do que possam manifestar as Agências de Risco, e as há com o passivo da eclosão da crise de 2008 — não se podendo deixar de imaginar na matéria acentuado sabor político —, os seus títulos já não têm valor cheio; com o passar do tempo deverão ser negociados com forte deságio. Mantendo o exemplo, há dinheiro para adquiri-los, com algum esforço, mas há. Reduz-se a dívida de 1 PIB em um terço ― à metade, quem sabe? ―, tornando-a administrável; tudo ficará bem em casa, mas, e os outros? Bem, os seus países são problemas deles; um país não tem amigos, tem interesses, lembra–se? Como aconteceu ao fim da segunda guerra, haverá uma consequente perversa: Emergirá da crise global um poder mundial econômico absoluto e muito bem armado que canibalizará naturalmente, de formas diversas, as demais economias, um poder muito sensível ao mercado, com a experiência de um século e um quarto em domesticá-lo e colocá-lo a seus pés, cheio de encantamento, cativo e feliz, somente três grandes economias, além delas uma outra, igualmente bem armada, embora nem tão forte economicamente falando, e outras em formação, essa e aquela já não mais em estado incipiente, 4 potências hegemônicas, uma continental, o domínio econômico absoluto direcionado para o domínio político, viés de poder que produzirá dominação cultural, ressentimentos, ataques e ódios, uma torrente de retaliações, todo o resto periferia em um mundo convertido em barril de pólvora com estopins diversos em condições de explodi–lo. Isso não acontece da noite para o dia, é um processo, longo, que pode muito bem já se haver iniciado.

Sinistrose? O mundo estará saudável se analisado sob o prisma econômico/social? Há reais perspectivas de recuperação, quer sob os pressupostos da teoria econômica, quer de acordo com o panorama descortinado? As populações aumentam sem parar, grandes cidades de países fortes em pedaços, populações se evadindo, remanescendo guetos de luxo, senhores respeitáveis postulando cargos de poder sob o argumento da construção de muros, concreto, para deixar do lado de fora, de uma vez, e já, quem simplesmente está lutando para sobreviver, a medida em si não assustando por apenas materializar uma tendência, mas a declaração final e expressa de que os outros não importam, absolutamente, o drama dos refugiados na Europa dispensando comentários mais extensos. O clima parece ser de salve–se quem puder, e isso não é bom, nada bom!

As Economias menores precisam preparar seu futuro, fazer o esforço e o sacrifício que houver de ser feito para se associarem, criarem seu próprio sistema de financiamento, como BRICS, porque, no quadro que se desenha, não terão vez, dignidades literalmente à venda em troca de financiamentos, de dinheiro, do que comer. Perscrutemos com cuidado o que temos à frente e tenhamos olhos para ver que o mundo está lidando com gente competente no que faz, um plano de longuíssimo prazo executado com paciência, sem medir sacrifĩcios, uma linha traçada e seguida com rigor e nenhuma complacência. Como escrevi, quando o macaco desceu da árvore para se fazer humano levou com ele a lei da selva, que o orientou em sua caminhada em direção à civilização, deixando pelo caminho apenas bocados de sua selvageria. A lei da selva está sendo aplicada com frequência, intensidade, fúria e indiferença crescentes.

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PS.

  • Nana falou, palmas para Nana: Gente bem resolvida não inferniza a vida alheia.
  • Financial Times está revelando inconfundível gosto pela baderna dirigida por posições falsas. Já disse que BRICS provoca recessão, agora diz que Economia brasileira está uma bagunça. Não tem bagunça nenhuma, está deficitária ─ déficit se corrige ─ e sofrendo enorme pressão justamente de quem tem muito a perder com BRICS. No fundo, no fundo, é um ataque à Organização. Se o Brasil saísse, tudo seria consertado num átimo, mas não vai sair, não pode sair. A questão é de sobrevivência como país independente que quer manter a dignidade nacional.
  • A propósito: Qualquer ataque a Mercadante tem ânimo político e é prenhe de más intenções, coisa de bagunceiro. Ele sabe disso e está apenas fazendo o seu trabalho.
  • Um jurista, nas circunstâncias atuais, ao fazer pessoalmente um pedido de impedimento presidencial se desmerece como jurista.                      
  • Perguntar não ofende, já disse o colunista: Só há virtude no capitalismo? Aviso aos deturpadores: Comunismo, como dos exemplos históricos, não é modalidade econômica, é sistema político.

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