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Arquivos Mensais: agosto 2014

GOD IS NOT A DELUSION – (31)

25 segunda-feira ago 2014

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Os equívocos de R. Dawkins, Paraty

GOD IS NOT A DELUSION – (31)/UM DESCRENTE PROFUNDAMENTE RELIGIOSO – Clique por favor no link em vermelho

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photoFoto: Vallejo

 

Paraty é um sítio turístico; a cidade vive do turismo. A dúvida é, a despeito disso, se vive para o turismo.

A foto acima é da muito antiga “fonte” na qual a população dos tempos coloniais se abastecia de água. Os seus restos estão no centro do Largo de Santa Rita. É uma peça histórica, de certo modo um monumento. Nenhuma placa informando a respeito dela; os seus ‘restos’ estão lá exatamente como restos, o mato em sua base, total abandono, puro descaso. Não é, não pode ser, questão de verba. O que custa uma placa? Nada, neste caso. Qualquer um de nós cobriria o seu custo, provavelmente uma ‘merreca’, mas ninguém na Municipalidade se lembra disso. Se pedirem aos turistas que a limpem do mato, certamente aparecerão muitos candidatos. Sem custo. Quem ganha para isso não poderia tratá-la melhor?

Em torno da praça a velha igreja, em reforma, a Rua Dona Geralda, onde Leila Diniz tinha casa, que deveria ser tombada e constar dos guias turísticos, como a “fonte”. Os Amaral Peixoto, entre outras figuras públicas, eram figuras praticamente locais. A Cadeia Pública original está lá, o Fórum, em um prédio colonial, está muito próximo. O manguezal, do lado direito de quem olha para o mar, está sendo “engolido”; os manguezais em frente, do outro lado, acabaram há muito tempo. Pegue a Rua da Praia, ao lado direito da Praça de Santa Rita, junto ao mar, e suba por ela. Um cenário colonial em toda a sua extensão. O casario, de particulares, muito bem conservado. O que é público também é história. Mal conservada e muito mal cultivada.

Quem for até lá procure Benedito José, um senhor aposentado que mantém atracado ao cais um barco para passeios pela Baía de Paraty. Nascido junto à Serra, fez dali o seu lugar há muitos, muitos anos, e tem um bocado de história para contar, inclusive de suas participações como extra em filmes rodados na região, entre eles “Como era Gostoso o Meu Francês”, papo de canibal.

Disse o profeta: Para antever o futuro é preciso saber olhar o passado. Não custa dizer: Um local específico, uma cidade, um país que trata com descaso o seu passado revela absoluta falta de vocação/competência para construir um futuro. Não é atoa que tudo por aqui é circunstancial, por acaso, provisório, descompromissado, sem vínculos efetivos, duradouros e firmes com a memória, porque inexistente, na qual, verdadeiramente, parece, ninguém está interessado. É entristecedor.

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GOD IS NOT A DELUSION – (30)

18 segunda-feira ago 2014

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 poide/UM DESCRENTE PROFUNDAMENTE RELIGIOSO – Clique por favor no link em vermelho 

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ARTIGO DE CAPA – (Continuação)

Quantas vezes lancei o olhar em todas as direções da nave, admirei-lhe a abóbada, as clores claras, as imagens, conservadas, brilhantes, o simbolismo do frade ajudando o crucificado a descer da cruz, a acústica, e pensei cá comigo: Por quê não se utiliza esse espaço magnífico, ambiente perfeito, para a arte, para a cultura?

Ontem, na Igreja da Porciúncula, Niterói, os sucessores de Francisco nos presentearam com um recital da Orquestra Sinfônica da Petrobrás, aglomerado de talentos conduzido por um regente sem esquisitices, mas que sabe muito do seu ofício.

Ave!

Como do artigo de capa anterior, não há porque estabelecimentos religiosos não serem, também, espaços de arte e cultura. Que a iniciativa frutifique. E não decorra muito tempo até outra tarde de domingo como a de ontem.

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GOD IS NOT A DELUSION – (29)

11 segunda-feira ago 2014

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Damien Parmentier

GOD IS NOT A DELUSION – (29)
(Clique por favor no link acima)
 
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Conforme Damien Parmentier – Parmentier, Abbayes des Vosges-Quinze siècles d’histoire, La Nuée Bleue/DNA, Strasbourg (Fr), 2012, em minha estante por cortesia e generosidade de André Vallejo, que me trouxe de presente o livro de Estrasburgo -, os Vosges têm, hoje, 11 Conventos, 7 ruínas de Abadias, 6 comunidades conventuais ativas e 20 antigas igrejas abadiais ou capitulares. O historiador compôs uma obra preciosa, de textos claros e ilustrações primorosas que conduzem o leitor, proporcionando-lhe, além de <<viagem>> turística do mais alto nível, uma visão bastante abrangente das várias tendências marcantes da religião, os beneditinos de Andlau, a Baumgarten dos cisterciences – a cuja Ordem pertenceu Bernard de Clairvaux -, Guebwiller dos dominicanos, outras, e outras, para chegar, após gratificante caminhada, a Truttenhausen, construída por Herrade de Hohenbourg para abrigar peregrinos a caminho de Santiago de Compostela.

É uma história de 15 séculos contada pelos símbolos da colonização monástica dos Montes dos Vosges.

cruz

“ Em 590, o monge irlandês Colomban fundou em Lexeuil o primeiro monastério dos Vosges. No seu rastro, e ao longo de toda a Idade Média, o maciço vosgiano cobriu-se de um <<branco lençol>> de abadias, conventos e monastérios, constituindo um verdadeiro Mont Athos ocidental.

Estabelecimentos religiosos e expressão do poder senhorial, as abadias vosgianas reinaram sobre vastos territórios, possuíram cidades inteiras e conduziram a vida de milhares de pessoas. Os monges e as monjas desbravaram e administraram a floresta, cultivaram campos e vinhas, tangeraram rebanhos montanhas acima, exploraram minas e comerciaram com toda a Europa. Eram os beneditinos, os dominicanos, os sucessores de Norbert, fundador da Ordem dos prémontrés em 1120, e os cistercienses, de língua germânica ou romana, compondo uma rede ativa e complexa, estendida continuamente malgrado as vicissitudes da história até o desapossamento brutal pela Revolução Francesa.

Oratórios imersos no coração da montanha, as abadias dos Vosges foram também centros de esplendorosa erudição e arte, produzindo nos seus scriptoria manuscritos litúrgicos de incomparável beleza – como em Murbach, Pairis, Moyenmoutier ou Remiremont -, abrigando em suas imensas bibliotecas o saber do mundo inteiro e criando tesouros de arquitetura, escultura e pintura.

Depois da destruição provocada pela Revolução e da dispersão dos monges, diversas construções serviram no século XIX de reservas de materiais ou foram utilizadas pela nascente indústria textil, como em Munster ou Senones. Depois, lentamente, após um declínio generalizado, alguns dos estabelecimentos religiosos voltaram a florescer (Mont-Sainte-Odile, Lepuix-Gy, Trois-Épis). Outros deles são, hoje, suportes culturais de prestígio, como no caso dos Dominicanos de Guebwiller ou das três abadias de Senones, Moyenmoutier e Étival, valorizando o patrimônio cultural e turístico das montanhas localizadas nas bordas de três regiões, Alsácia, Lorraine e Franche-Comté.

Graças ao excelente trabalho de síntese do historiador Damien Parmentier, autor de diversas obras de referência sobre os Vosges, este livro assinala, com relação às trinta e oito abadias do maciço, o incomparável brilho que as fez luzir por mais de um milênio. “

(Obra citada, texto da contracapa – Tradução do blog)

 cruz

Disse o poeta maldito: “A mão que afaga é a mesma que apedreja”. Para os efeitos desta postagem, invertamos os termos da citação, parafraseando o poeta: A mão que apedrejou foi a mesma que criou beleza, cultura e arte. Dessas contradições humanas!…

Vale a pena a viagem real, de corpo presente. Uma dica: Agence de développement touristique de Haute-Alsace.

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GOD IS NOT A DELUSION – (28)

04 segunda-feira ago 2014

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GOD IS NOT A DELUSION 28
(Clique por favor no link acima)
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Pensando bem…
 
A religião é construção humana, natural, portanto, seja ambígua e contraditória como o homem. Não é, por definição, boa ou má; gerida por seres humanos, foi, é e será o que dela fizeram, fazem e farão os seus gestores com suas virtudes e imperfeições. A santidade é um estado, não é da natureza humana. “Tia” Lilica, uma mulher de pronunciada força moral e uma têmpera que só o embate contínuo contra as vicissitudes confere, morreu centenária e profundamente religiosa. Pessoalmente, não tenho dúvidas de que ela enobreceu a religião, ao mesmo tempo em que, a seu modo austero, dela extraiu boa parte de suas regras de conduta, inatacáveis. O homem e a religião se fazem mutuamente.
 
Essas reflexões me vêm a propósito dos Vosges e suas abadias. Vosges é uma cadeia de montanhas da França que começa em Belfort, estende-se entre o Reno e a Moselle e termina na Baviera renânia. No próximo post conversaremos um pouco mais sobre ele.
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