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Arquivos Mensais: janeiro 2012

ÍNDICE DO LIVRO

30 segunda-feira jan 2012

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jesus

APONTAMENTOS                                                                                                   LIVRO I – Emergindo do Caos                                                                                LIVRO II – Deus, o Universo e a Vida                                                                      LIVRO III – A Terra e a Substantivação da Vida                                                       LIVRO IV – Um Elo Perdido                             LIVRO V – A Conspiração dos Medíocres                                                                    LIVRO VI – Jesus de Nazaré, (…)                                          LIVRO VII – Cátaros, Um Genocídio                                                                        LIVRO VIII – O Reencontro                                                                                EPÍLOGO                                                                                                              LIVRO IX – Apêndice                                                                                                              Índice das Notas                                                                                            Bibliografia

LEITMOTIV                                                                                                             Nane – Uma Canção de Amor Para Marie-Anne                                                        Tema de Jean-Philipe                                                                                            Ailliers                                                                                                                      Pax-et-Lux

DAVOS, OS RICOS MAIS RICOS E OS POBRES MAIS POBRES

28 sábado jan 2012

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Em Davos, economistas com tempo de sobra e boa mesa, livre, discutem o sexo dos anjos: por quê os ricos estão mais ricos e os pobres mais pobres. O Brasil tem sido, não sem razão, demonizado pela perversa distribuição de renda. O mal, no entanto, guardadas as proporções, é global.

Nas convenções republicanas dos EUA os candidatos a candidatos para as eleições de novembro e seus assessores parecem divertir-se à larga tentando ridicularizar as políticas sociais da França. Para eles, deve prevalecer o capitalismo insensível, frio, com aqueles cacoetes já comentados neste blog; no Brasil, classes de rendas mais altas, que, nostalgicamente, se querem formadoras de opinião e parece não estarem gostando dos progressos das classes C, D e E – ranço de colonialismo – continuam estrilando com as medidas redistributivas do Governo Lula, mantidas pela Presidente Dilma. Esses inconformados precisam voltar sua atenção para a Bolsa Rico (ligeiro, mas esclarecedor, toque dado por Míriam Leitão em sua coluna – segunda página do Caderno de Economia de O Globo – de hoje, 28 de janeiro). Pesquisem um pouco a respeito; verão que as Bolsas dos pobres precisam ser deixadas em paz. No mínimo, no mínimo trazem mais consumidores para o mercado, beneficiando direta ou indiretamente o todo da Economia. Já a Bolsa Rico…

Redistribuição efetiva de renda não se dá por meio da iniciativa privada. A razão técnica dos impostos aplicados em benefício geral, com a justificativa teórica de que os mais ricos pagam valores maiores em função dos seus ganhos mais altos, é tendenciosa; o democrata Obama está mourejando para colocar os ricos na mesma tabela do income tax aplicada aos pobres mortais, aqueles generosamente beneficiados pelo Governo republicano de George W. Bush.

Na Zona do Euro há grupos querendo pague a próspera – até quando? – Alemanha a conta dos endividados do seu bloco. Em Davos, David Cameron, principal executivo da governança inglesa – o que dá tom oficial à dicção – postula mais recursos e garantias alemãs para resolver a crise do Euro (O Globo, Caderno de Economia de 27 de janeiro, página 24). Em todos os cantos do mundo percebem-se estímulos no sentido do descompromisso, coisas do bom-mocismo mediante as quais o bom-moço acaba beneficiado.

Acorda, Mundo. Ninguém vai meter a mão no próprio bolso para financiar a ineficiência, a imprevidência e a incapacidade dos outros de viverem a vida nos seus limites; como querem sejam feitas as coisas, os desavisados sempre encontrarão quem pague pela sua equivocada filosofia de vida. Querem socializar a crise em desfavor da Alemanha, cuja eficiência e disciplina dispensam apresentações. Socialização é para quem esgotou recursos e esforços ou a quem não se proporcionaram ferramentas para construir uma vida decente e meios de manter-se a si, aos filhos e de educá-los.

Este blog não tem bola de cristal; não precisou de uma para bater na tecla de que a Europa navegava na rota do caos, no qual acabou mergulhada, do modo mesmo que não se necessita de uma para antever o caos social em que o mundo mergulhará se todas e quaisquer Sociedades não se abstiverem de gastos para cujo atendimento não contarem com recursos, ou não revelarem disposição de se endividarem apenas no limite de sua capacidade de pagar o que tomarem emprestado. Comecem optando por uma vida mais austera, trabalhando um pouco mais e poupando intensivamente. É necessário produzir mais e mais riquezas e poupar, poupar, poupar; as populações não cessarão de crescer. Pode até não resolver a longuíssimo prazo, mas não há outro caminho. Ou há, sim: a Reserva de Aldous Huxley no seu Brave New World para os desassistidos. Um inconveniente, porém: modernamente boa parte dos desassistidos de todos os matizes tomaram por hábito rebelar-se contra os seus opressores, não apenas os que os oprimem diretamente, mas também contra aqueles que os exploram. Chegaram à conclusão de que morrer lutando por liberdade e por uma vida decente é preferível a morrer lentamente de fome, doenças ou sob o taco das botas oficiais quando estas já não lhes conseguem calar a vozes de protesto.

©Onair Nunes da Silva

de TOCQUEVILLE E O INDIVIDUALISMO. SEGUIR EM FRENTE É PRECISO

25 quarta-feira jan 2012

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Senhores, agradeço, comovido, a ansiedade com que aguardam os meus textos, copiando-os – quando podem – antes de totalmente formulados e mesmo enquanto digitados. Não, crasso engano, eu pessoalmente não sou um rebelde, não tenho qualquer paredão às costas e me sobra espaço à frente. Sou um cidadão no pleno gozo da cidadania, logo, tenho a lei como guia e o amplo e tranquilizador espectro que ela oferece ao cidadão de bem. Ninguém precisa de mais que isso, além de esforços próprios e algum talento para levar a vida. Eu pratico o individualismo, sim – bem distinto do egoísmo -, e culpas não me assaltam por isso; não sou exatamente um admirador do que vejo à volta nestes tempos permissivos. E do que não vejo, mas está por aí

Em sua Democracia na América, Alexis – Charles Henri Maurice Clérel – de Tocqueville discorreu sobre o individualismo, definindo-o como um comportamento calmo e seguro predominante nas pessoas tendentes a manter certo distanciamento das Sociedades como um todo, cujos regramentos, por inconciliavelmente divergentes com os seus princípios, não se inclinam observar.

Acolá de sua visão inicial, contudo, ampla e culta, de Tocqueville viu na democracia o cidadão independente, mas fraco, incapaz de realizar por meios próprios seus projetos de vida; viu, também, os EUA da época combaterem, quase de forma oficial, o individualismo. É necessário ler pelo menos os capítulos 2 e 4 da obra para entender esse posicionamento do marquês; apesar de liberal, era um aristocrata.

Modernamente, apenas o despotismo, também analisado por de Tocqueville, e o mais ferrenho conservadorismo excluem o homem do benefício geral de todas as coisas. O homem como espécie, pois, mesmo nesses contextos, tal ou qual casta, ala de amigos ou partidários são generosamente beneficiados. A democracia republicana evoluiu e nela liberdade e igualdade, pedra de toque e anseio de todo movimento libertador, marcham juntas, não separadas, como quis o marquês. Na verdadeira democracia o cidadão pode tudo o que não o proíba a lei. É verdade haver um bocado de gente esforçando-se para atrapalhar, mas essa é outra história. Seguir em frente é preciso.

NOTA – Hervé, quando escrevi Cornwallis e sua força naval, estava significando unidades da esquadra inglesa que protegiam sua retaguarda. Rochambeau, claro, também estava lá com os seus soldados, em número bem maior do que eram os soldados de Washington. O almirante de Grasse é menção indispensável quando se fala na Guerra da Independência dos EUA e eu referi apenas La Fayette (esta a grafia correta do seu título de marquês, Marie-Joseph seu nome pessoal, do Castelo de Chavagnac, na Haute-Loire) por haver se tornado para os americanos o mais ilustre comandante francês em sua libertação do jugo inglês. Além de competente, sabe como é, tinha o discreto charme da nobreza.

PECADO E QUARK

22 domingo jan 2012

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No post de quarta-feira última, 18, usei pecados colonialistas. Embora desnecessário, registro a conotação meramente qualificativa da expressão e sua nenhuma relação com o substantivo pecado, tema já tratado neste blog.

(…)

O termo quark não tem qualquer significado expresso, ao contrário da designação das partículas em geral, que indica sua origem ou natureza; ele procede de Finnegans Wake, de 1939, última novela de James Joyce, escritor irlandês internacionalmente conhecido a partir de Ulisses, escrito em 1922. O título calca-se em uma jocosa canção irlandesa denominada Finnegan’s wake, cujo tema é o velório de Tim Finnegan, um pedreiro embriagado que despencou de uma escada e morreu; com a pluralização do Finnegan e suprimindo a forma possessiva, Joyce, aparentemente, quis cadaverizar e velar os muitos Finnegans que faz desfilar no texto, ficção complexa e fragmentada pródiga em simbolismos abertos à diversidade interpretativa provocada pelas feições bizarras que deu ao mito do eterno retorno, uma visão arquetípica e metahistórica do mundo. Complexidade muito mais de forma do que de fundo, o texto torna-se compreensível à medida da identificação dos personagens.

Uma recriação de Tristão e Isolda, Joyce conta, entre outras, a história de Marc, rei da Cornualha, traído por sua noiva, prometida ao filho de sua irmã Blanchefleur, viúva de Rivalen, quando o sobrinho, havendo declinado de sua mão em favor do tio, a levava ao seu encontro. Mais tarde a rainha decide, arrostando as consequências, fugir com o seu jovem amor e morrer com ele, se preciso; e de fato morrem. O capítulo Three Quarks for Muster Mark é aberto com a frase (…)

(Copyright Onair Nunes da Silva – Trecho de Emergindo do Caos/A Conspiração dos Medíocres)

O SACROSSANTO TRIPLO ´A´

18 quarta-feira jan 2012

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Quando David Delos leu, no noticiário das 13 horas (horário de Brasília) de anteontem, 16 de janeiro, o texto de abertura da entrevista realizada, não tínhamos na tela apenas um noticiarista fazendo, e bem, o seu trabalho; era um francês revelando na entonação da voz e no ligeiro crispar de fisionomia o desconforto provocado por uma situação à qual a França jamais deveria haver chegado. Não é uma questão meramente econômica; o investidor de peso, consciente, não deixará, no estágio atual, de comprar títulos franceses.

Publiquei neste blog uma série de posts iniciada com dados históricos predominantemente econômicos dos EUA e encerrada com a postulação da importância do país para a economia mundial – o que não é novidade -, centrada, porém, na verdade quase nunca abordada de que as suas lideranças precisam entender-se. Numa democracia as oposições têm de ser ouvidas, mas virulências e esquisitices hão de ser atenuadas e as divergências razoavelmente conciliadas. Em outras palavras, deixem o/a Presidente trabalhar, para o bem do país, reservando o fogo pesado paras as questões de fato relevantes.

Tecidas essas considerações, não se precisa ir longe para tabular a importância da França no cenário mundial, não propriamente econômica, mas considerada sob o espectro que aglutina todos os cenários, a base de tudo, cultural e histórico. Provavelmente as colônias inglesas do Novo Mundo não se teriam tornado independentes em sua primeira tentativa se de Grasse não houvesse navegado desde as Índias Ocidentais com a sua esquadra para rechaçar e derrotar Cornwallis e sua força naval; se Lafayette e seus soldados franceses não houvessem socorrido o plantador Washington nos caminhos da Virgínia, tornando-se, embora não se fale disso abertamente para o mundo, heróis da Guerra da Independência, em cujo centenário os EUA receberam da França a Estátua da Liberdade, originariamente uma estátua-farol, depois, com modificações, oferecida ao Egito, e recusada, quando da abertura do Canal de Suez, estátua e canal obras de franceses.

No Brasil, São Luís já foi francesa; até quase metade do século XX o Rio de Janeiro era uma cidade meio-francesa, e aqui como na São Paulo quatrocentona, em que o idioma italiano aportou com a mão de obra remunerada que substituiu a mão de obra escrava, o modelo cultural era francês. Moços e moças da melhor Sociedade aprendiam e falavam francês. O nosso idioma está eivado de expressões francesas literalmente traduzidas, nossa língua é repleta de galicismos. A França tem os seus pecados colonialistas – quem a escolheu como segundo país e ao francês como segundo idioma está à vontade para falar sobre isso -, a exemplo da guerra da Argélia, mas, do mesmo modo que os EUA, precisa ser preservada pelo bem da moderna cultura e simbologia libertária ocidental, EUA inclusos. É necessário cercar de cuidados um país como a França.

UM DOS MAIS DIFÍCEIS PROBLEMAS DA EVOLUÇÃO PESSOAL

15 domingo jan 2012

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O propósito de A Conspiração – no fundo, no fundo uma alentada reflexão – se contém na parte final do primeiro parágrafo dos APONTAMENTOS (parte deles no post de 5.6.2011):

(…), um tesouro para os que lavram na seara da consciência, capazes de arrostar a si mesmos, enfrentarem-se na crueza de sua natureza galvanizada e reverem-se à luz de novos conceitos.

O post do último domingo, 8 de janeiro, embasa parte do escopo do trabalho, ampliado em capítulos próprios. A espécie humana é produto imperfeito de uma adaptação evolutiva que lhe deixou por escolha permanecer dúplice e contraditória, ou, de início, sublimar seu lado inumano para, em etapa posterior, alçar-se ao espírito sem impor-se a santidade ou o heroísmo. Não é empreitada de somenos.

Um dos mais difíceis problemas da evolução pessoal está em que este nosso mundo não é exatamente um lugar onde pessoas estão reunidas para cuidarem umas das outras, onde a verdade por inteiro, a honestidade intelectual e existencial, a inflexibilidade ética e moral constituam regras gerais de conduta. Manter-se em linha com esses quesitos na necessidade incontornável de desenvolver as atividades próprias do manter-se e exercer atividades produtivas obriga ao convívio com a disparidade de caráteres formadora da ampla escala de comportamentos característica do homem. É neste território selvagem que as castradoras normas não escritas e as vocações de domínio se manifestam. Trecho do LIVRO VII – CÁTAROS, UM GENOCÍDIO, escrito em contexto atípico, tem o que dizer a respeito, aplicável ao dia-a-dia com as reduções ou ampliações de cada caso em particular. Transcrevo-o.

(…)

Extrai-se de certos temperamentos uma psicologia do rebelde, padrão de comportamento comum àqueles que, espoliados dos seus bens intangíveis, pessoais, jurídicos ou religiosos, sociais ou políticos, reagem, sendo, então, rotulados pejorativamente por pretenderem direitos entranhadamente seus.

Esse rebelde é em regra um “excêntrico” que alimenta a presunção de ter a lei por guia, regras pessoais de conduta e metas não alinhadas, o que o Sistema, em virtude de sua “engenharia” e de suas rotinas não abona. É, permanentemente, alguém com um paredão às costas e nenhum espaço à frente, cuja alternativa não acolhe proposições, antes se reduz a um caminho estreito de direção única; alguém a quem opção alguma é oferecida além de aderir, alguém que, não praticando o senso comum, se propôs lutar para não usufruir de “privilégios” que dispensa. Pôr-se desse modo o ato inflexível de rebeldia enseja sua compreensão mesmo por aqueles habituados a olhar para o outro lado e mesmo do ponto de vista do observador afeito à mais rigorosa disciplina política, social e religiosa, que não questiona, não contesta e se amolda ao que outros decidem, legalmente ou não, com justeza ou não, ser melhor para ele/ela. Sob essa ótica, passa a ser compreensível, exceto para “o homem de bom senso”, o pragmático de determinadas Sociedades ou comunidades – na hipótese uma sinonímia para cínico ou acoelhado – o fato do rebelde extrair da dor e da adversidade, e mesmo da vida sob risco em contextos de autoritarismo extremo, um estado de inteireza sequer ensaiado pelos habituados ao jugo, agradecidos e felizes por serem peões num tabuleiro de regrados para cuja instituição não foram consultados e relativamente aos quais nenhuma conta lhes é prestada, que aceitam de bom grado formas de liberdade, falácias, desvios da verdadeira liberdade à qual nunca aspiraram, com a qual nunca sonharam, contentes com a vileza da liberdade outorgada, sem atentarem para que não é de ninguém, ou consubstancial a qualquer corpo social decente, formado e liderado por pessoas honradas, o poder de conceder liberdade e fixar-lhe o grau, simplesmente porque liberdade não é algo “in quarto”, que comporte formatações; ela é, ou não.

(…)

A Saga do Justo – ver post – resume a proposição. Não basta decidir ser melhor a cada dia do que se foi no dia anterior, impõe-se deixarem. Como, por via de regra, isso não acontece, há que abraçar-se o individualismo – não o egoísmo, repito -, habitualmente caminhando só e apenas concertando-se com os iguais, estóicos com quem não se esbarra frequentemente em cada esquina, em cada canto de rua. Eles também caminham solitários com a verdade por inteiro, a honestidade intelectual, existencial, a inflexibilidade ética e moral. É preciso saber onde estão, encontrá-los.

© Onair Nunes da Silva – todos os posts deste blog, salvo os textos de terceiros devidamente identificados, aqui publicados com a necessária autorização, antecipadamente solicitada.

SÓ HÁ SEGURANÇA REAL NA LEI E NA ESTABILIDADE JURÍDICA

11 quarta-feira jan 2012

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WordPress envia aos seus associados nos primeiros dias de janeiro relatório cobrindo o ano anterior, do qual faz constar, entre outras informações e estatísticas úteis para gerenciamento dos sites, os artigos ou posts mais acessados no período. Conforme o annual report deste blog, lido no Brasil e fora dele, o post mais acessado do ano foi RITO PROCESSUAL MAIS ÁGIL, MAS SEM FERIR DIREITOS, editorial do Presidente da OAB/São Paulo publicado no Jornal do Advogado da Seccional; ainda no ranking dos melhores classificados está DEFENDENDO-SE DOS DELINQUENTES NA REDE, sobre matéria publicada no número de junho do mesmo veículo.

Da Seccional de São Paulo, passando pela Seccional do Rio de Janeiro, cujo Presidente, defensor intransigente da legalidade, cerra fileiras em torno dela, e pela Subseccional de Niterói, RJ, presidida com independência e vigor, das quais sou próximo, estendo-me às demais Seccionais e Subseccionais do país. Remando contra forte corrente em prol do estado de direito absoluto, a OAB não desprende os olhos do seu norte: o Estatuto da Advocacia, o direito como instrumento da cidadania, do jurisdicionado, e o art. 133 da Constituição Federal.

Escrevi neste blog, posts atrás, que a Sociedade precisa tratar melhor os seus advogados; a evidência do quanto necessita de sua orientação está na penetração do editorial do Presidente D´Urso. Não faz muito tempo, assistindo a um debate na televisão ouvi a expressão legalismos aplicada ao estrito cumprimento da lei; repercutiu depreciativa em contexto do qual transparecia insatisfação pela observação, em dado caso, do devido processo legal. Essa, contudo, é a pedra de toque da democracia plena, compatível com a dignidade do ser humano. A quem já ouviu neste país a justificativa de que tínhamos democracia, sim, uma democracia relativa, mas tínhamos, essa expressão, legalismos, com a acepção que lhe foi emprestada, causa arrepios.

Já refleti, também, aqui, quanto à existência de amplo movimento de negação da ordem democrática e de uma tendência francamente destrutiva dos direitos individuais, de livre expressão e informação especialmente; percebe-se inclinação perversa no sentido de enfraquecer os princípios legais, aquilo a que se chamou legalismos, em favor da esquisitice de regramentos originados de humores mal identificados por se confundirem com manifestações institucionais legítimas, cuja ressonância se acentua na zona cinzenta entre a clandestinidade e a respeitabilidade aparente, aquela dicção do post do último domingo, 8 de janeiro, encobertos por esfarrapado manto de polidez e santidade. O que praticado fora da estrita visão da lei é crime ou contravenção, ambos puníveis.

Não se iludam; só há segurança real na lei e na estabilidade jurídica. A população em geral precisa conscientizar-se disso.

O HOMEM SALVANDO-SE DE SI MESMO – A SAGA DO JUSTO

08 domingo jan 2012

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NOTAS INICIAIS

1. Respostas me têm sido pessoalmente reclamadas para e-mails enviados a onairnunes@yahoo.com.br sobre matéria postada neste blog. Nunca os recebi. É algo, no entanto, que não me chega a surpreender. Já alertei aqui mesmo quanto à manipulações com o meu nome e do blog para causar-me embaraços. Para entrar em contato comigo usem por favor onairnunes@rocketmail.com  Se algo anormal ocorrer, debitem a esquisitice às manipulações a que me referi. Com o passar do tempo eu perceberei e voltarei a conversar com vocês a respeito.

2. Visitem minha página em http://www.twitter.com/Vallesi

Em A Saga do Justo falo dos caminhos que feriram os pés do Adriano adulto, mas o curaram de si mesmo e podem curar qualquer homem de sua animalidade ancestral. Em direção a Paris, acabara de deixar o Castelo, onde, ungido, ouvira do seu velho mestre as palavras do poema, que ainda ecoavam em seu cérebro.

O homem terá surgido por resultado de uma adaptação, o córtex cerebral, onde está a centelha que o humanizou, envolvendo o hipotálamo, sede dos instintos, sem dominá-lo. Coube a essa criatura dúplice, misto de réptil/fera e cria dileta do Cosmo curar-se dos instintos, de si mesmo. Transcrevo trecho do post de domingo, 12 de junho de 2011, um excerto de A Conspiração e reflexão sobre como teria tudo começado.

(…). O projeto elaborado a partir da Vis Viva especificaria seres únicos, para a grandeza, categoria de semideuses planejada para a celebração da beleza. Algo, todavia, sairia errado; o peixe que se arrastaria desajeitado para a terra de um planeta distante na eternidade da Criação feita evolução não inauguraria uma descendência apta a relativamente breve e saudável desenvolvimento, mas, ao invés, seres escamosos, saltadores, rastejantes, efeitos do sangue frio, falhos de potencial evolutivo, presos aos pântanos, insuscetíveis de otimização, indistintos e imperfectíveis, propagados num amplo leque de excentricidades, criaturas sem sombra, tão rasteiras, uma perspectiva assustadora. Maculada, a idéia original imergiria na celeuma das espécies e com ela a raça semidéia, anelo da inteligência primordial.

Abortar o projeto seria a solução natural; demasiado longo, porém, o caminho percorrido, havia sido tocado o ponto de não retorno. Rever os programas, reinstalar o processo seria talvez o passo mais lógico, todavia inexequível. O recomeço exigiria, além da reformulação dos programas, nova especificação dos componentes físicos do planeta, pré-requisito para viabilizar sua execução; complicado, melhor mudar de planeta, mas o que fazer depois com ele? Abandoná-lo, simplesmente, quando já formatado? Constituíra-se um alentado banco de dados e um consistente conjunto de informações que permitiria uma recombinação de instruções na hipótese de simples revisão do projeto, se bem que, sopesadas as probabilidades, a opção envolvesse riscos, mesmo para a prodigiosa inteligência reitora da evolução. Adaptações feitas resultariam em um ser híbrido de naturezas opostas movido por criaturas antagônicas, uma delas, num cérebro novo, inteligente, outra, a besta do cérebro antigo, só instinto; os riscos ficariam por conta de provável insubmissão desta e na possibilidade efetiva de se tornar invasiva, gerando na criatura do cérebro novo condutas colidentes com a razão de sua constituição, tornando-a incontrolável por ser dotada de inteligência.

Precário o desenvolvimento do projeto nessas condições, extinções em massa eliminaram no geral os exemplares imprestáveis e preservaram os de menor dispersão de características para se desenvolverem de modo alternativo, mas conciliável com o modelo planejado de vida física para o planeta, perdido quando de sua implantação. Desse processo resultaram produtos os mais diversos, a peçonha de cobras e lagartos, a obtusidade das tartarugas, o tronco estacionário dos grotescos e vetustos crocodilos e jacarés, os répteis aquáticos e voadores, o dinossauro ancestral, de poucas raças, que terão desenvolvido mecanismos de sangue quase quente, aves, os pássaros com seu canto mavioso e suas cores deslumbrantes, além do sinapsídeo, ascendente direto do ornitorrinco e chassis do primeiro animal de sangue quente, matriz do produto alternativo possível, pai de todos os mamíferos, do mono, ancestral em linha direta dos primatas, do homem, realização provisória, carente de aperfeiçoamento, uma espécie indistinta de santos e de monstros, de heróis e de poltrões, tal ou qual coisa, em seu íntimo todo um universo, todos os infernos, uma quantidade de paraísos, necessitando, para aperfeiçoar-se, de infinitamente mais verões e invernos do que uma simples existência lhes poderia proporcionar. Selvagens de origem, boa parte assim permaneceria mesmo quando, decorridos muitos milhões de anos, uma quantidade deles houvesse deixado ao longo de muitas existências bocados de sua selvajeria e se tornado capaz de afeto, de chorar os seus mortos em comovidos preitos de saudade, e de, chegada a primavera evolutiva, acalentar sonhos e ideais, orar em canções eternais  para não enlouquecer com a cantilena monocórdica dos arautos da rotina, não se enfeitiçar com o cantochão das manadas e não se deixar entontecer pelo incenso dos santarrões incapazes de descortinar um milímetro além de sua peculiar banalidade e desenredarem-se da crueza selvagem muitas vezes encoberta por um esfarrapado manto de polidez ou santidade.

Não mais que um punhado em cada geração, uns poucos, resgataria a pureza maculada nos charcos pré-cambrianos onde materializada a vida a partir de protozoários, enquanto uma inumerável quantidade de toscos, brutos e lamentáveis celebrantes da mediocridade, reduzidos a si mesmos, permaneceria fera, réptil, ameba, no limiar, os estacionários da espécie.

Configurado a partir de criaturas privadas de atributos intelectivos, produto de fatores humanizantes combinados ao longo de um espinhoso processo, o ser inteligente emergiu hesitante de um complexo acumulador de neurônios destinado, sobretudo, a neutralizar o instinto e a controlar as emoções. Tal resultado não seria obtido quanto à generalidade da espécie; o cérebro antigo resistiria obstinadamente, lutaria para fazer prevalecer o limitado e rudimentar conjunto de programas por ele operado desde as mais antigas versões da vida substantivada. A besta jazeria no mais fundo da criatura inteligente, ébria do cheiro de sangue gravado na memória da espécie, descendo-lhe às narinas, estumando-a, estimulando-lhe o bocado selvagem.

Combinando fatores tardios, a evolução reprogramaria exemplares primitivos isolados, provendo-os de meios para evoluírem no sentido da criatura superior possível, capaz de interagir com os seus semelhantes e a eles associar-se na utilização útil do seu hábitat. E lograria, à medida do desenvolvimento de sua potencial habilidade, adaptá-la, melhorando-lhe a conformação das mãos e adequando a visão à vida operativa. Suas cordas vocais, rudimentares, seriam reordenadas para possibilitar a comunicação via sons articulados, habilitando-a à troca de experiências, à transmissão e partilha de conhecimentos para não desaparecer com ela o conhecimento adquirido, poupando os seus descendentes do esforço e do desperdício, de reaprender a partir do zero o quanto necessário para a sobrevivência, ou lhes valesse para escrever a própria história. Coroando a remodelação, foi-lhe acrescentado, sem vinculação com o limitado dispositivo original acelerador das forças biológicas e de controle orgânico, um mecanismo de funções típicas que lhe ensejaria, a par da evolução da forma, evoluir no sentido de especificidades que distinguiriam a sua espécie das demais do planeta, preparando-a para refletir sobre si mesma e afastar a animalidade da origem. Um complexo encefálico único seria estendido, a partir da região olfativa, por toda a área superior e anterior da caixa craniana, abarcando o dispositivo original, o cérebro antigo.

A EUROPA E SEUS PROBLEMAS – UMA VISÃO

04 quarta-feira jan 2012

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Volto ao padrão: quartas-feiras assuntos gerais, domingos A Conspiração.

Abrindo conferência na Universidade de Columbia, Nova Iorque, em novembro de 1906, William James (1842/1910), filósofo do Pragmatismo, professor em Harvard, referiu o prefácio de Heretics no qual Chesterton se declarou um crente  – entre outros – do princípio de que o fundamental num homem é a sua visão de mundo. Entre citações, destaca como questão central não a possibilidade da teoria do cosmos afetar os negócios, mas a possibilidade de alguma coisa poder afetá-los; e lembrou tese em que um estudante dissecou suas idéias – de James – revelando a convicção de que ao ingressarmos num curso de filosofia temos de nos identificar com um mundo inteiramente novo, diferente daquele a que estávamos habituados.

Lembrei-me de James numa reflexão abrangente sobre o caos econômico/financeiro no qual está mergulhada a Europa, perguntando-me, a reboque de tema discursivo do filósofo, se a União Européia e os países do Pacto do Euro estão preparados para ingressar numa eclética classe de filosofia que implique acima de tudo em um contrato, aquele pacto em que, na melhor acepção da teoria dos contratos, as partes abrem mão do seu poder de decisão, apenas podendo agir de modo diferente do estabelecido nas cláusulas do documento se contarem com a aquiescência de todas as outras. Rememorando post em que mencionei a tendência criativa de certas manifestações da teoria econômica e fazendo a leitura do status da União Européia, obediente, até com lógica, ao seu absolutismo conceitual, perguntei-me se criar regras para adaptar a realidade à sua visão de mundo, ignorando os fenômenos econômicos instalados, tem chances de funcionar.

É quase impossível imaginar Alemanha e Grécia vivendo sob um mesmo regramento cambial – ou carente dele – quando se consideram os antecedentes e os desdobramentos – implicações – econômicos/ financeiros/administrativos; de igual modo, como colocar num mesmo cesto França e Portugal, ou mesmo Itália e Espanha? A Itália, há bastante tempo – 10 anos? –, devia 110% do seu PIB, hoje deve 120%. Ninguém paga uma dívida como essa pelos modos correntes e chega o momento em que até rolá-la fica difícil; os investidores preferem comprar títulos Americanos com juros negativos do que investir em Grécia et caterva no estado em que se encontram. Mesmo quando investem, os juros, nas circunstâncias atuais, são quase extorsivos. Alemanha e França estão sendo levados de roldão nessa caudal; a Inglaterra é espectadora, nem tão isenta de consequências assim. O país tem estudantes prostituindo-se para pagar os estudos, um efeito colateral muito sem graça, embora não tenham necessariamente de seguir esse caminho. É pragmatismo demais.

Não há como fugir ao fato de que moedas supervalorizadas não ajudam em situações como a vivida pela Europa; as cotações do euro, aliás, com suas quedas em meio ao natural nervosismo, precipitaram as coisas. Desvalorizá-lo? É, tecnicamente falando, o caminho mais curto para desatar o nó, se é que existe outro, de curto prazo, para atenuar os efeitos colaterais. Difícil, contudo, pois a UE não foi corporificada por razões econômicas, mas políticas. Ao Bloco Europeu não parece restar alternativa outra senão operar como um país; embora a indispensabilidade da gestão política e a manutenção da soberania dos países-membros, não pode virar as costas para a gestão econômica centralizada. Precisa de alguma coisa parecida a uma Controladoria com um sólido Banco Central para desempenhar o papel de regulador do fluxo da moeda, autoridade para fazer flutuar o câmbio em todo o Bloco e integrar os “departamentos”, leia-se países, sob as mesmas rotinas fiscais, além de uma Auditoria para acompanhar sua aplicação e reportar desvios.

Problema: a Inglaterra com a sua Libra em elevado patamar cambial, e, por extensão, as nostalgias alemãs do seu Marco. A Velha Albion, vinculada por razões históricas e culturais aos Estados Unidos, é uma cunha na almejada couraça da União Européia.

O orgulho europeu terá, possivelmente, de submeter-se a alguma coisa como essa. Quem souber de algum modo efetivo, indolor e diferente para preservá-lo, e ajudar, precisa informá-lo, correndo, à Chancelaria Alemã e à Presidência da França.

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