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Arquivos Mensais: abril 2011

MARIE-ANNE E JEAN-PHILIPE – O REENCONTRO

30 sábado abr 2011

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(…)

De quando em vez luzia, aflorando (…) burilada por existências de virtude; nesta existência não conseguia manter o pleno contato com a realidade ou coragem e fortaleza de ânimo suficientes para as realizações pessoais. Mantinha-se simbioticamente (…), a ilusão da vida, aceitando sem indagações (…), não indo além (…); vivia e reagia emocional e instintivamente, sem reservar espaço para os refinamentos do espírito.

Assim Adriano a reencontrou sem percebê-lo de logo, existências percorridas em busca inconsciente, tendo-a, vendo-a aqui e ali nas dobras do tempo, para, por razões que nunca estiveram sob seu controle, perdê-la e reencetar a procura. Jamais fixou-se em qualquer mulher, embora os seus relacionamentos estáveis; algumas vezes sentira pronunciado carinho, mas sem a verdadeira dimensão do amor. Conhecera mulheres excepcionais, mas não as amara.

Viu-a uma vez e imediatamente aquela  irresistível ligação estabeleceu-se entre eles; enquanto conversavam, algo vagamente familiar (…), outra vez, uma dilacerante sensação o invadiu, rompendo-lhe (…). Ainda uma vez, e a luz derramou-se; ele pressentiu sua Marie-Anne. Em casa, naquela noite, entre exultante e cauteloso, relaxou e mergulhou em extensa regressão; imagens, lugares onde não queria se deter, rostos de pessoas a quem não queria encontrar. Percorreu existências, uma, duas, quatro, cinco noites. Na sexta tentativa viu-a num relance descendo do cabriolé no largo apinhado de gente murmurante e consternada. Mais algumas tentativas e, na confluência de duas variantes pluriseculares, lá estava aquela grande praça pavimentada de pedras, ele apertando-a contra o peito e afagando os seus cabelos negros manchados de sangue, a pele moura do rosto lívida, exangue, os olhos mortiços, sem brilho. Sim, era ela.

Penetrou um remoinho calidoscópico numa vertiginosa sucessão de sensações indefiníveis. Despertou, afinal. Permaneceu imóvel, deitado de costas em sua cama, já longe na madrugada, até adormecer.

E então a amou com delicadeza, ternura e desejo.

(…)

EXTRATOS – UM ADENDO

28 quinta-feira abr 2011

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(…)

Esse texto pode ser lido de modos diversos. Uma pessoa de fato alfabetizada, capaz de interpretar o que lê, o examinará por inteiro, não se detendo em termos ou frases isoladas, inferindo dos itálicos o sentido jocoso de expressões e palavras como assaltante português de banco, assaltante português, assalto, etc; o analfabeto funcional, alguém capaz de ler e assinar o nome, mas incapaz de interpretar adequadamente o que lê, poderá ter dúvidas e, nesse caso, tornar-se massa de manobra para os mal-intencionados, que podem ser integralmente alfabetizados, mas estão sempre prontos a distorcer, à conta de interesses menores, o sentido de qualquer coisa. Mesmo compreendendo perfeitamente o que leem eles o interpretarão a partir de palavras e expressões escolhidas a dedo e sua interpretação nunca será moralmente saudável.

 (Algum tempo depois de haver esse trecho sido escrito, fomos informados de exibições reservadas do texto constante do CD referido neste Livro — duvida-se que integral —, no qual as seguintes expressões e palavras aparecem truncadas e destacadas em vermelho. Reproduzo-as tal como exibidas: O saguão de vidro, impassível, distante, eu do lado de fora, um pasta para ele examinar? — de castigo — assaltante — providenciar o assalto — assaltante português — máquinas de fazer dinheiro.

 Transcrevo a seguir os trechos como os escrevi:

 (…). O saguão apinhado, o (…) por trás do painel de vidro, impassível, distante, eu do lado de fora, contorcendo-me para abrir uma pasta para ele examinar? Não há (…)

 (…). Virei-me para trás e falei para as pessoas mais próximas: Vocês me desculpem, mas tenho de resolver um assunto importante. Se concordar, ela me deixa aqui, de castigo, um tempão (…)

 (…), vêem em cada pessoa que entra (…) um possível assaltante, nenhuma discrição, muito ao contrário, nenhum respeito, como se todos não tivessem absolutamente nenhuma importância, nivelados que são a delinquentes ou tendo-os apenas por (…) que andam. (…) passam a sensação de imaginar que o (…) no qual ou para o qual trabalham é o único existente. Depois, como na Administração (…), tem que injetar o meu, o seu dinheiro (…) para ele não (…). Também, né?

 Então é assim: O assaltante entra no (…), identifica-se ao entregar o seu cartão de movimentação, débito e crédito a um funcionário, disponibilizando nome completo, filiação, endereço, telefone, CEP, número do documento de identidade, CPF, número da conta, etc. etc. e etc., depois é que vai providenciar o assalto, às onze horas da manhã, sozinho, com o (…) apinhado de gente. E na rua (…), de trânsito atravancado.

Ah, ia me esquecendo: Em agosto, dentro de quatro (4) meses, o assaltante português aqui fará (completará) setenta e cinco (75) anos. Boa idade para um assaltante de Banco, né? E a propósito: Onde entra o Estatuto do Idoso, o tratamento a que tem direito por lei? Não estão nem aí. Não é tudo deploravelmente ridículo? E desrespeitoso?

(…)

Por que não se faz o mesmo nos (…)? Custos? Examinem-se os balanços e os Himalayas de lucros dessas formidáveis máquinas de fazer dinheiro. Segurança, mas dentro da lei, (…))

 Não é, apenas, uma questão de interpretação maliciosa, como observei; trata-se, aqui, de distorção mesmo, desonesta, indução em erro, deliberada.

 ― Muito desagradável, não?

― O que me desagradou, mesmo, foi a piada do agente secreto português; gosto dos portugueses, fizeram parte da cena da minha infância, estavam por toda parte, tenho carinho por eles.

― Por que, então, foi utilizada?

― Deu o tom.

(…)

 _______________________

 A NOVA ALIANÇA

 Tomando-se Mateus 26:26-28, Marcos 14:22-24, Lucas 22:19-20 e 1 Coríntios 11:23-25 infere-se que, na Ceia,  Jesus, celebrando (…), a união definitiva, a Nova Aliança, à qual podem aderir todos os homens [Ver (…),  primeira parte, palavras de Jesus]. No Benedictus, ou introdução à Consagração, essa aliança foi institucionalizada por meio das palavras “ele tomou o pão, deu graças, o partiu e deu a seus discípulos, dizendo: tomai todos e comei, isto é o meu corpo, que será entregue por vós; do mesmo modo, ao fim da Ceia, ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o entregou a  seus discípulos, dizendo: tomai todos e bebei, este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados. Fazei isso em minha memória.” 

Considerando-se a hipótese de uma ceia habitual, transformada com finalidades evangelizadoras numa ceia derradeira e formal em que tais palavras hajam sido pronunciadas, os homens foram por elas libertados da ira, da vingança e da permanente ameaça do castigo (…); o (…) interior projetado em todos a partir de cada um terá sido anunciado por Jesus: “Se aqueles que os guiam dizem ‘vejam, o Reino está no céu’, os pássaros os precederão; se dizem que está no mar, então os peixes os precederão. O Reino está dentro e fora de vocês; conhecendo-o, vocês serão conhecidos e saberão que são os filhos do Pai, que está vivo (em vocês). Se não o conhecerem, porém, vocês estarão na pobreza, e serão a pobreza.”

(O Evangelho segundo Tomás, Prancha 80, linha18 apartir do logon 3, passando pelas linhas 20 a26, e Prancha 81 até a linha 4, versão copto-castelhana, publicada por Barcelona Siete Y Media Editores, Barcelona, Espanha, 1981, pág. 19 – Tradução do Autor.)

 ______________________________

 GNOSE

Persistem divergências quanto às raízes e época em que o gnosticismo se terá estabelecido; fortes indícios apontam para a sua correlação com o mais antigo misticismo judeu, a despeito da primeira referência a ele haver sido feita apenas quando a (…) recém-formada, lutando para consolidar-se, começou a combater grupos gnósticos formados em suas próprias fileiras.

 As descobertas de Nag-Hammadi, no Egito, lançaram alguma luz sobre o movimento, sugerindo que o gnosticismo preexistiu à Igreja, projetado de fontes diversas anteriores a ela, importante considerar que os seus fundadores e primeiros teóricos, ao historiá-lo, situaram-no no tempo de Jesus, não como religião, mas como idéia derivada de místicos judeus que contemplavam divindades compreendidas numa potência celeste, influência grega manifestada por meio do pleroma — a totalidade, aquilo que se completa —. Valentino, egípcio de Alexandria referido por Tertuliano, fundou, nos cerca de vinte anos vividos em Roma, uma seita gnóstica com duas escolas, uma na Itália, onde as idéias fervilhavam, outra em sua cidade de origem.

 As idéias de Valentino, na verdade nada originais, tinham muito de platônicas, não dispensando os fortes apelos dualísticos do bem e do mal típicos do zoroastrismo e incorporando elementos de fontes pagãs dos quais se serviu (…) para fixar sua orientação, além de elementos judaicos, base da doutrina cristã e pedra angular do catolicismo em formação. Ele convolou um reino espiritual a partir de emanações — do grego aeons — de uma força divina, de um deus principal. Sua concepção do pleroma abrangeu Sofia — a sabedoria, o conhecimento —, que, em busca do Deus Primordial, fixou-se no demiurgo, o deus identificado pelos gnósticos no Deus das Escrituras, criador do Universo material e mau no qual as almas, originarias do reino espiritual, ficaram aprisionadas. É valioso registrar, nesse ponto, que Valentino na verdade subverteu a concepção platônica, mediante a qual o Universo não teria sido criado pelo demiurgo, mas por ele tão somente ordenado, arrumado, rearticulado, daí o conceito de Ordem pelo qual se expressa. A mitologia valentiniana atribuiu a Jesus, em decorrência de emanações a ele incorporadas, uma missão libertadora que levaria à humanidade o conhecimento redentor, ou gnose, cuja revelação levaria, na morte, os espíritos perfeitos, os gnósticos, ao Reino Espiritual.

 O (…) estava impregnado desse pano de fundo gnóstico, quer quanto ao (…) identificado no (…), quer quanto ao mundo material e mau do qual era preciso fugir através do desafio aberto à rígida lei dos hebreus, especialmente se incluída na pregação ostensiva a idéia de um rei judeu para a Judéia dominada por Roma, duas heresias combinadas, uma política, em face do Imperador, outra religiosa, em face do sumo sacerdote e do grande poder do (…). A reabilitação das ovelhas perdidas da (…), nesse quadro, (…)

 ___________________________

 (…)

O Termo ecclesia, traduzido por igreja, chegou aos textos cristãos com 1 Tessalonicenses e 1 Coríntios (as epístolas tidas como sendo realmente de Paulo são Gálatas, 1 Tessalonicenses, 1 e 2 Coríntios, Romanos, Filipenses e Filermon; as demais seriam apócrifas) na metade do século I da EC; nos Atos dos Apóstolos é uma extensão paulina através do seu redator, a considerar não ser ATOS uma criação de Paulo, não sendo encontrado no texto grego de Marcos, o mais antigo, o primeiro dos Evangelhos.

 Tomado da Septuaginta, tradução para o grego do Antigo Testamento, feita por setenta e dois judeus, seis de cada tribo de Israel, sob o patrocínio de Ptolomeu Filadelfo (Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, II, 454 e seguintes) ao redor do ano -280, é uma típica manifestação da cultura grega compreendida na refeição fraterna, o ágape, no debate filosófico, na celebração e na prédica coletiva realizada em residências ou lugares de frequência geral, como a ecclesia de Sócrates nas praças e outros espaços públicos. Exprime melhor o seu sentido original se traduzido por reunião ou assembléia. Não é provável haver sido usado por (…), ainda ponderando o seu eventual conhecimento do grego; oriundo de uma região rodeada de cidades helenistas, Séforis e Caná, por exemplo, muito próximas de onde estaria (…), a palavra poderia ser-lhe de algum modo familiar, mas o tipo de pessoa a quem usualmente se dirigia dificilmente o encorajaria a empregar expressões gregas, especialmente porque não seria muito apropriado (…), apenas o fazendo porque precisavam passar a idéia de um prédio destinado especificamente aos cultos, uma contradição, afinal de contas, porque não havia no tempo de Jesus nada mais gentio, mais pagão, mais idólatra do que um templo, uma igreja com o sentido dado ao termo. Os seguidores de Jesus eram judeus cristãos cuja prática religiosa se orientava pelo Antigo Testamento, que apenas admitia por Templo a Casa de Iavé, em Jerusalém, e punia com a morte a idolatria.

(…)

EXTRATOS

18 segunda-feira abr 2011

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LIVRO VII – CÁTAROS, (…) – Monteségur, fortaleza do ocidente, por que não aspirar a uma ampla corrente de energias para salvar-te, despojado e místico sacrário da Ocitânia, essa terra cátara tão ultrajada e violentada. (…) e voltam-me aos lábios, qual o murmúrio de uma prece, os versos do poema inacabado. Seu verdadeiro arrimo é o cume próximo dos céus, entre as paredes destruídas do trágico castelo cujas pedras tombadas formam a guirlanda épica tecida pelos deuses. Sim! Monteségur, fortaleza da ressureição, teu laurel reviçará. (Jean e Michel Angebert – Bibliografia 49/122 – Tradução do autor)

Catarismo é dicção da doutrina platônica que exprime noções de pureza e princípios filosóficos de alta indagação; cátaro foi o (…)

O movimento propagou-se no século XII no midi francês – designação genérica de duas montanhas dos Pirineus, o Pico do Midi de Bigorre, os Altos Pirineus, e o Pico do Midi de Ossau, os Baixos Pirineus – e nas cercanias de Albi, cidade situada às margens do ri Tarn e Departamento do mesmo nome, a pouco mais de 700 quilômetros ao sul de Paris. Lançando raízes na antiga região Languedoc, capital Toulouse, ao norte de Roussillon, capital Perpignan, que compreende o Departamento dos Pirineus Orientais, cujos limites na montanha fazem-no fronteiro à Espanha. Expandindo-se, ocupou espaços cujo senhor, (…), não o via, há muito, com bons olhos, entre as suas razões, a mais forte, a de que não lhe bastava (…). A palavra-chave, (…), do grego (…), escolha, (…)

(…)

Extrai-se de certos temperamentos a psicologia do rebelde, padrão de comportamento comum àqueles que, espoliados dos seus bens intangíveis, jurídicos ou religiosos, sociais ou políticos reagem, sendo, então, rotulados pejorativamente por pretenderem um direito entranhadamente seu, o direito à tutela da lei, antes de tudo, aos critérios pessoais, à opção por modelos próprios, de escolher o seu modo de vida.

Esse rebelde é em regra um excêntrico que alimenta a presunção de ter a lei como guia, regras pessoais de conduta e metas não alinhadas, o que o sistema, em virtude de sua engenharia e de suas rotinas, não abona. Nessa caracterização inscreveu-se o cátaro. E por isso, na crista de sua (…), tornou-se alguém com um permanente paredão às costas e nenhum espaço à frente, cuja alternativa não acolheu proposições, antes se reduziu a um caminho estreito de direção única; alguém a quem não se ofereceu opção alguma além de aderir, alguém que, alheado da prática comum, se propôs resistir para não usufruir de privilégios que dispensava. Ao pôr-se desse modo o ato inflexível de rebelião, ele pode ser compreendido mesmo por aqueles que têm o hábito de olhar para o outro lado e mesmo do ponto de vista do observador afeito à mais rigorosa disciplina política, social e religiosa, que não questiona, não contesta e se amolda ao que outros decidem, legalmente ou não, com justeza ou não, ser melhor para ele. Sob essa ótica, passa a ser compreensível, exceto (…), o pragmático de determinadas sociedades ou comunidades (…), o fato do rebelde extrair da dor e da adversidade uma sensação de plenitude não experimentada sob o látego, um estado de inteireza sequer ensaiado pelos habituados ao jugo, agradecidos e felizes por serem peões num tabuleiro de regrados para cuja instituição não foram consultados, concernente aos quais nenhuma conta é prestada e que aceitam de bom grado formas de liberdade, falácias, desvios da verdadeira liberdade à qual nunca aspiraram, com a qual nunca sonharam, contentes com a vileza da liberdade outorgada sem atentarem para que não é de ninguém, ou consubstancial com qualquer corpo social decente, formado e gerido por pessoas honradas, o poder de conceder liberdade e fixar-lhe o grau, simplesmente porque liberdade não é algo in quarto, que comporte formatações; ela é, ou não. 

(…)

______________________ 

(…)

Mergulhado em meus afazeres, os computadores evoluindo, por razões pessoais (…) e reduzi ao mínimo minha atividade como advogado; salvo notícias genéricas e informações esparsas não mais soube deles. Bons anos mais tarde meu filho apresentou-me a um equipamento de sua geração; não era nada daquilo que eu me habituara a ver como computador. Menor do que um televisor de vinte polegadas, a máquina, um modelo monobloco de 1990 que operava à temperatura ambiente sem maiores exigências quanto à climatização, tinha mais memória fixa (…); os recursos disponíveis pareciam uma brincadeirinha. Para você, de idade em torno dos quarenta anos, pouco mais, pouco menos, essas coisas, e o que se seguiu de forma natural e rápida, foram e são corriqueiras. Para os da minha geração, sem exageros, eram uma espécie de materialização do fantástico antecipado pela ficção científica dos bons velhos tempos.

Para lidar com aquelas pequenas caixas de surpresa tive de aprender a partir do zero, alfabetizar-me, para verificar, vencido o primeiro momento, que tudo aquilo era extremamente simples se comparado com as manias e exigências dos antigos computadores, a realidade virtual tornada possível por simples toques logo convertida em aparentemente inesgotável fonte de conhecimentos e recursos que mudaram irreversivelmente o mundo. (…), já um tanto longe dos modelos de última geração, mas anos-luz à frente do paquidérmico (…), com todo o seu tamanho.

Por que tudo isso? Bem, você não pode, pelo menos por enquanto, trocar o seu hardware, sua CPU, mas pode forçar um upgrade, melhorar o software, aumentar sua capacidade de processamento sem precisar saltar, figuradamente, do (…), se for o caso, para o (…). Para processar informações inortodoxas e complexas aportadas com novos conceitos são necessários novos programas que provavelmente sua atual configuração não conseguirá rodar. Minha experiência pessoal – embora experiências pessoais não se transfiram – mostrou-me que o upgrade vale a pena. Lá para frente você vai saber porque.

(…)

_____________________________

EXTRATOS – DEUS, O UNIVERSO E A VIDA/APONTAMENTOS – VER POST DE 24 DE FEVEREIRO/ÍNDICE

11 segunda-feira abr 2011

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(…) mesma forma que é muito difícil para o cientista, qualquer seja o modo pelo qual lhe sejam apresentados os argumentos, admitir a idéia da existência de uma formidável inteligência por trás dos fenômenos físicos que examina; o conceito (…) extrapola os limites de sua formação acadêmica e do seu campo de atuação, cuja premissa é: As elaboradas rotinas construtivas da natureza são conjunções aleatórias de forças que serão identificadas e explicadas, senão já, daqui a pouco, a dez, cem ou mil anos. Do ponto de vista científico (…), isso é um dogma, embora, para alguns cientistas, não constitua um princípio absoluto.

Os aspectos mais intrigantes do Universo são expressos por teorias; os fenômenos físicos ordinariamente observados explicam-se pela tradução para a linguagem científica dos seus efeitos e antecedentes. A causa primeira não é identificada ou explicada. É inevitável, assim, a concepção de um Universo orientado por métodos conceptuais cuja origem mais remota não poderá, provavelmente, ser determinada, (…). Afastados os (…) por imperativos lógicos e/ou físicos, atribuir, em contrário, tudo ao mero acaso faz supor um profundo ressentimento, simples impotência mal disfarçada sob um fino véu de duvidoso pragmatismo, não compartilhado, a propósito, pela unanimidade dos cientistas; ainda Einstein: “Observando-se o Universo sente-se, manifesta, uma força infinitamente superior à do homem.”

O que se pode depreender de reflexão detida e isenta é que há, quer se queira, ou não, relativamente aos fenômenos físicos em particular e ao Universo em geral, algo que nos foge à compreensão, mas nem por isso deixa de ser verdadeiro à medida que avaliamos a questão (…), impossível não perceber uma prodigiosa ação laborando todo o tempo em favor da vida, uma força muito especial que terá trazido, luminoso, o Universo do caos amparado em um eficiente conjunto de regras para estruturá-lo adequadamente, ensejando o que quer nele exista. Deixadas de lado a (…), frequentemente temperadas por boa dose de (…), tem-se, até, um nome para essa força, nem tão difícil, assim, de imaginar. A obstinada sobranceria que impede seja ponderada, ainda que por mero exercício de raciocínio, a possibilidade da existência de algo além do mundo material supostamente justificado em si mesmo autoriza a indagação: (…).

(…)

(…) a atividade psíquica, aprimora a percepção, interioriza os arquétipos da perfeição e conduz os efeitos de sua energia pelas regiões mais profundas do ser, onde está o que lhes é verdadeiramente intrínseco e fundamental, a natureza (…) emulada na energia vital. Inaugura-se nesse estágio o processo de dominação anímica pela fluência do que não é manifesto, liberando forças insuspeitadas no começo de dissolução do instinto, início de prevalência do espírito, o mais alto nível de consciência, imponderável sujeito da representação e identidade superior do objeto representado; é quando (…), serena renovação de energia a partir dos fundamentos de tudo o que é, a realização (…) no homem, uma conquista pessoal (…), a Vis Viva reencontrada no domínio interior pela (…) no anseio da reintegração à Unidade.

Nesse reencontro, o órfão cósmico perdido de suas origens reintegra-se ao todo partilhado na forma do elemento comum, a consciência de si como efeito (…) alcançada ao ver-se, (…), pura energia, um versão materializada da essência do Universo liberta (…). O modo natural de encontro do ser humano (…) é a comunhão, a transcendência pela integração, libertação da (…), implicação ingênita (…) naqueles que se buscando (…) encontram (…).

A origem do Universo, a precisão de suas rotinas e suas concorrentes fenomenológicas (…), a economia do macrocosmo expressa concreta ou abstratamente a partir de uma idéia grandiosa com começo, meio e fim, como qualquer outra, nela se compreendendo uma escala que vai do manifesto às mais puras projeções do pensamento, da interação espaço/tempo às suas realizações, uma sequência de fenômenos originada em causa única, o complementar uno com o elementar.

Não se inferem universos e existências, expressões distintas do mesmo fenômeno, não se colocando em tela sua essência e causa, (…), preexistente (…). Podemos experimentar os efeitos desse elevado estado do ser desbordando da experiência ordinária e nos projetando no sentido da energia que está na gênese da idéia cósmica (…)

ATUALIZANDO

04 segunda-feira abr 2011

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– E aí?

– Já de volta, alter ego?

– Você precisa concluir o que começou.

– O que eu comecei e não concluí?

– O making of de O Reencontro.

– Concluí sim, é o que está lá.

– Onde estão aqueles sinais gráficos?

– Não foi fechado porque dependia de atualização.

– Atualização?

– Sim, o texto foi escrito no carnaval de 2010, em Búzios. A primeira parte, “Haveria momentos especiais…” , nada tem a ver com o making of, que começa na referência ao Colégio Estadual do Espírito Santo, na Avenida Capixaba, e se acomoda por inteiro na Praia do Suá.

– Nesse caso, por que o início não foi cortado?

– Eu não quis amputar o texto

– Ué, você não fez isso com O Reencontro?

– São excertos, aqui estamos tratando de um texto. Como disse, não quis amputá-lo.

– É diferente?

-É. Atualizando: Relendo Régis Debray – Deus, um Itinerário, Companhia das Letras, São Paulo, 2004, Tradução de Jônatas Batista Neto – , detive-me na abertura de “As Três Contribuições do Escrito”, do Capítulo 4, “A Decolagem Alfabética”. Peço licença para transcrever.

“Em face da função cognitiva que desempenha como produtora de conhecimentos, pela classificação ou listagem das coisas, dos humanos e das datas, que torna simultâneo o sucessivo, atribui-se à escrita uma função mística, produtora de transcendência. E sua forma mais abstrata, o alfabeto, produziu o divino mais abstrato. Os inimigos de Deus, em geral aristocratas empiristas e esportivos, apaixonados por exercícios físicos e pela boa saúde, em lugar de se esfalfarem em sermões anti-sermões, deveriam incriminar não apenas a ortografia, ‘velharia repressiva’, mas também o próprio grafismo. (…), poderiam abrir processos contra a invenção alfabética, com base em três pontos: democratização indevida, opressão do instinto pelo conceito e neurose obsessiva. Não é, absolutamente, a nossa causa, no entanto é possível imaginar com bastante nitidez a qualidade dos debates.”

É curioso, como, bem pensado, Debray remete-me às minhas próprias reflexões, desenvolvidas com traços de Eclesiastes, meu livro predileto do Antigo Testamento. Todo ele é precioso, mas os dois primeiros capítulos fazem parar para pensar. Destaco, ainda, o versículo 9 do capítulo 9:

“Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de tua vida fugaz, te dados por Deus sob o sol; porque esta é a tua porção pelo trabalho com que te afadigaste.”

Os versículos 13 a 18 do capítulo 9 oferecem, também, uma boa linha de reflexão. O versículo 17 é um bom resumo.

– Debray e Eclesiates. O que têm a ver?

– Tudo. Reflita-se um pouco. Ciao, alter ego, você cobra muito.

– É o meu papel. Ciao. Eu volto. 

☬☫☬

 

 

–

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